domingo, 5 de junho de 2011

EU E A EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Acredito que meu relacionamento com a natureza começou muito cedo. Lembro, quando criança, adorava passar minhas férias para “fora” como se dizia, no interior, no campo, na mata, olhar as vacas, ovelhas, cavalos, ir pescar. Não me importava passar as férias todas no campo, preferia isso a ficar na cidade.

Depois, adulta, já se começava a falar em poupar água, luz, se preocuparem com o desmatamento. Bem depois, apareceu a preocupação com o lixo. Eu sempre achei a coisa mais normal do mundo esses cuidados que no meu ponto de vista deveriam de sempre ter existido. Mas a ganância, o egoísmo do ser humano sempre foi algo medonho.

Quando aconteceu uma das maiores secas na nossa cidade, alguns anos atrás, não recordo a data, falavam (alguns ainda continuam falando) muito em poupar água, não lavar calçadas, carros, etc. Passou aquela fase crítica, o povo esqueceu e mesmo continuando as campanhas de conscientização parece que muitos não dão nenhuma importância, é como diz aquele ditado: “só se dá valor quando falta”.

Até hoje, só lavo as calçadas com a água da máquina de lavar roupas ou com a água da chuva. Não lavo mais o carro, quando acho que está muito sujo deixo na chuva e depois lavo com balde. Não deixo mais torneiras abertas, luz só no ambiente em tiver gente, entre tantas outras coisas que todos nós podemos fazer.

Com meus alunos, procuro todos os anos trabalhar a questão do meio ambiente, na parte de Estatística, direciono sempre para o desmatamento, o consumo de água, o lixo, a reciclagem de lixo, o aquecimento global, etc. Assim eles tomam conhecimento como se chega aos dados estatísticos que se vê na mídia, fazem pesquisa de campo, coletando os dados, organizam esses dados em tabelas, depois passam para os gráfico e ao mesmo tempo, vão se conscientizando dos problemas e fazendo com que as comunidades que fazem parte, também se conscientizem.

Não podemos mais continuar a olhar só para as quatro paredes que nos cercam, nossa casa é a Cidade onde moramos, o Estado a que pertencemos, assim como o País, enfim nossa casa é o nosso Planeta Terra. Quem são os responsáveis? O Prefeito, o Governador, o Presidente as autoridades de todo esse Planeta? Não. Não só eles. Somos todos responsáveis. Não adianta ficar esperando que alguém faça alguma coisa, se cada um começar a fazer a sua parte essas ações irão contagiando os demais, aquele que varre o seu pátio, a sua calçada mas coloca o lixo para a rua achando que a rua não faz parte da sua casa, vai começar a ficar com vergonha quando olhar o cordão da calçada e a rua na frente do vizinho estiver limpo e na frente da sua casa está sujo. Com certeza ele vai mudar de comportamento. O que vai salvar nosso Planeta é essa mudança de atitudes, de ações, de pensamento.

Penso que como professores, é nossa responsabilidade despertar em cada aluno o sentimento de participação, de responsabilidade, compreender o que se passa a nossa volta, ser capaz de buscar uma sociedade mais equilibrada e que seja sustentável. Como Luiz Antônio Ferraro nos diz em seu livro, “... os ambientalistas, incluídos os educadores e educadoras ambientais, perceberam que a situação atual em que se encontra o Planeta Terra deve-se à nossa alienação em relação aos demais integrantes da Natureza, às outras formas de vida com as quais partilhamos o mundo.” Daí a importância da Educação Ambiental para a formação de homens com uma nova forma de encarar a relação do ser humano com a natureza, baseada numa nova ética, que pressupõe outros valores morais e uma forma diferente de ver o mundo.

Para encerrar, uma reflexão: "AQUELES QUE PASSAM POR NÓS, NÃO VÃO Sós, NÃO NOS DEIXAM SÓS. DEIXAM UM POUCO DE SI, LEVAM UM POUCO DE NÓS."SAINT-EXUPÉRY